quarta-feira, 12 de outubro de 2011

Precisamos viver o que aprendemos

Dia das crianças

Precisamos viver o que aprendemos

Precisamos ensinar como Jesus ensinou. Sobre Ele, que curava, pregava e ensinava, lemos nos evangelhos que Ele ensinava como tendo autoridade (Mateus 7.29), não como os escribas, que falavam só o que tinham aprendido, mas não viviam. A diferença é que Jesus gostava dos seus discípulos, diferentemente de alguns professores de seu tempo e do nosso. Uma pesquisa coordenada pela Unesco descobriu que os professores brasileiros não gostam dos seus alunos. UNESCO. Violência, Aids e Drogas nas Escolas, 2001. Se assim é, como podem educar? Não se pode ensinar sem educar.
Esta é uma reinvenção constante para os pais. É a sua vida que fala. O que sai dos seus lábios é apenas uma confirmação. 
Esta é uma reinvenção constante para os professores. Sua autoridade deve advir da vida. Fora disso, seus ensinos serão palavras voadas pelo vento. A verdadeira educação é a educação moral, que inclui o ensino mas vai além.
Esta é uma reinvenção constante para a igreja. A pedadogia da igreja deve ser a pedagogia do amor, aquela da fé demonstrada com obras, como nos ensina Tiago. Que sejamos sempre como Timóteo, o aluno de Paulo que ouviu e praticou, com temor e tremor, sabendo que sua/nossa tarefa é ensinar as pessoas a distinguir entre o santo e o profano, entre o impuro e o puro (Ezequiel 44.23). E isto não se faz apenas com palavras. Por isto, timóteo, "tem cuidado de ti mesmo e do teu ensino; persevera nestas coisas; porque, fazendo isto, te salvarás, tanto a ti mesmo como aos que te ouvem" (1Timóteo 4.16).

(ALGUNS) CONSELHOS (BEM) PRÁTICOS
Em qualquer idade, podemos reinventar a educação. Reinventando a educação, reinventamos a vida e continuamos transbordantemente vivos.

(PARA QUEM É JUNIOR)

1. Reclame menos dos seus pais, ao ser acordado para ir para a escola. Se eles estudaram muitos anos, sabem o valor que o estudo tem; se estudaram pouco, sabem-no mais ainda. Não adianta chorar: se você tem nove anos saiba que vai ter que fazer isto pelos próximos 25 anos, quando você concluirá o doutorado ali pelos 35 anos. Quando você tiver 35 anos, ou você será um doutor (ou será descartado).

2. Ponha menos televisão na sua vida, mais livro, mais brincadeira, mais conhecimento. Se for para comprar livros, endivide seus pais. Se não der para comprar, pegue emprestado (e devolva, sem riscar, sem detonar o livro). Peça livros a seus pais; monte sua biblioteca com os seus livros. Tenha o sonho de ser um escritor.

(PARA QUEM É ADOLESCENTE)
3. Use menos computador como meio para se relacionar; busque relacionamentos reais e menos e-relacionamentos. Estar "plugado" o tempo todo não é a melhor coisa. A melhor coisa é pensar, relacionar-se, amar. Dá um tempo; desplugue-se de vez em quando.

4. Use menos o computador como passatempo e mais como fonte de aprendizagem; junto com o computador, leia muitos, sejam jornais, revistas ou livros (seja em papel ou no e-formato). Quando for a um shopping, divirta-se naquelas megalojas de livros. Entre um bom CD ou DVD e um bom livro, prefira os dois; se não der pros dois, fique com os livros.
PARA QUEM É PAI)

7. Invista na formação dos seus filhos. Dinheiro gasto com educação formal ou informal não é despesa; é investimento. Faça o que puder para que seus filhos, desde cedo ou desde agora, se tornem "viciados" em livros. Leia-lhes livros à noite, contando histórias que enriqueçam sua capacidade imaginativa. Compre-lhe livros, um de cada vez; quando eles terminarem, compre outro. Visite bibliotecas com eles; vá a livrarias com eles. Tenha uma biblioteca em casa. 
Não importa em que momento estejam, invista nas suas "crianças". Enquanto puder, pague cursos para eles, mesmo que o Imposto de Renda não aceite mais descontos. 
 
8. Invista na sua própria formação. Sua tarefa não é só investir na educação dos seus filhos, mas na sua própria formação também. Se for o caso, comece um curso novo, num nível acima do seu, mesmo que esteja estabilizado na vida. Aumente as áreas de diálogo com seus filhos. 

Educação: uma reinvenção necessária

Carlos Daniel

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